Nosso Itinerário de hoje foram os seguintes pontos históricos citados abaixo:
Colégio São Gonçalo
C. S. G. - 78 anos de história, num percurso com sentido.
O Colégio de São Gonçalo, propriedade da Diocese, foi fundado em 1931, como prolongamento da Creche-Patronato Sant’Ana, e registou uma frequência inicial de 33 alunos. O Bispo do Porto nomeou seu primeiro director o Padre Joaquim Teixeira da Silva. Foi ele quem primeiro abraçou a missão de garantir o cumprimento do espírito que esteve na génese da fundação desta instituição: ser “um estabelecimento de caridade, educação e instrução (…), recebendo, agasalhando, educando e instruindo cristãmente, durante o dia, seus filhos de ambos os sexos”. As instalações do Colégio situavam-se no Terreiro das Navarras.
O surgimento do Colégio, em Outubro de 1931, veio suprir a desertificação completa dos estabelecimentos de ensino secundário em Amarante. Parte do grupo inicial de alunos procedia das aulas particulares e explicações do professor Avelino Sardoeira, o qual veio a integrar, desde logo, o corpo docente do Colégio constituído, então, por oito elementos.
Em 1941, por morte do seu fundador, sucede na direcção do Colégio o Pe José da Silva Ramalho. A essência do generoso Ideário de alto significado humanista e cristão é mantido, com a preciosa e dedicada ajuda das irmãs Franciscanas Hospitaleiras dos Pobres, sempre fiéis ao lema da Madre Maria Clara: «Onde houver o bem a fazer que se faça.».
Instituição de sucesso, o Colégio mantém, no entanto, a dependência pedagógica do ensino oficial, diante do qual prestava provas. Entretanto, o crescimento da população estudantil obriga a constantes adaptações e multiplicação das instalações, até porque, em 1944, um despacho ministerial de 4 de Novembro, autoriza, a título precário, a «coeducação» dos sexos.
Em 1956, D. António Ferreira Gomes, o Bispo da Diocese, preside às comemorações das Bodas de Prata do Colégio.
No dia 14 de Novembro de 1962, D. Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico da Diocese do Porto, tendo necessidade da colaboração do Pe Ramalho noutros lugares da Diocese, convida o Pe Manuel Clemente Teixeira, professor do Colégio e pároco de Candemil e Ansiães, a assumir a direcção do Colégio de São Gonçalo.
Entre 1966 e 1969, eram já 400 os alunos que frequentavam o Colégio, divididos pela Instrução Primária e Curso dos Liceus. A construção de um novo Colégio impunha-se, até porque se pensava alargar os estudos ao 3º ciclo, o que aconteceu no ano lectivo de 1970/71.
A afirmação do Colégio foi-se consolidando: em 1982, iniciou-se a leccionação do 12º ano; em 1982/83, passou a ter Paralelismo Pedagógico; em 1985, conseguiu obter Autonomia Administrativa; em 1986, abriu o 1º Curso Técnico Profissional de contrato de associação-leccionação gratuita; em 1988/89, o Colégio passa a ter autonomia pedagógica; em 2001, ocorre a inauguração do moderno edifício da Pré-Primária; em 2009, o Colégio passou também a ter uma moderna e acolhedora Creche.
No ano lectivo 2009/2010, matricularam-se no Colégio 2166 alunos, em representação de todos os graus de ensino, desde a Creche, até ao 12º ano.
Cada pedra lançada, cada novo equipamento inaugurado constituiu-se sempre como mais um sinal da vitalidade, crescimento e competitividade do Colégio de São Gonçalo, uma instituição ao ritmo do tempo, capaz de educar em todos os graus de ensino.
Datas significativas na História do Colégio de São Gonçalo
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1930
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Criação da Creche-Patronato Sant’Ana.
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1931
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Inauguração do Colégio de São Gonçalo. Padre Joaquim Teixeira da Silva foi nomeado seu primeiro director. A população inicial era de 33 alunos (ambos os sexos).
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1941
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Após a morte do fundador, sucede na direcção do Colégio o Padre José da Silva Ramalho.
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1943
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Montagem dum altar para a capela do Colégio.
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1944
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Um despacho ministerial de 4 de Novembro autoriza, a título precário, a “coeducação dos sexos”.
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1956
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“Bodas de Prata” do Colégio. A efeméride foi assinalada com uma sessão solene presidida pelo Bispo da Diocese, D. António Ferreira Gomes.
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1959
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Sarau Recreativo no Colégio.
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1960
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Autorização da Cúria Episcopal para que o Colégio passasse a dispor dum autocarro que pudesse trazer alunos das zonas não servidas por transportes públicos.
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1962
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14 de Novembro: Pe Manuel Clemente Teixeira é convidado a assumir a direcção do Colégio.
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1969
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Inicia-se a construção do novo edifício, sito nas Murtas – Madalena.
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1971
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Início do funcionamento do Colégio nas novas instalações. O grupo docente era, então, constituído por 15 elementos.
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1981
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8 de Junho: comemorações dos 50 anos do Colégio. O director, Pe Manuel Clemente Teixeira, é galardoado com a distinção Cidadão Amarantino de Mérito.
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1982
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Iniciou-se a leccionação do 12º ano.
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1983
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O Colégio passou a ter Paralelismo Pedagógico.
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1985
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O Colégio obtém Autonomia Administrativa.
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1986
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Abriu o 1º Curso Técnico Profissional de contrato de associação-leccionação gratuita.
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1988
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O Colégio passa a ter autonomia pedagógica.
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1990
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Construção do complexo de piscinas.
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2001
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Inauguração do moderno edifício da Pré-Primária.
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2007
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10 de Junho: comemorações dos 75 anos do Colégio, que incluiu a realização de um Sarau Cultural e a edição de um DVD com a história da instituição.
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2008
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Ampliação dos espaços reservados à prática desportiva.
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2009
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Inauguração da moderna e acolhedora Creche.
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2010
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Criação de um centro de recursos educativos – MEDIATECA; modernização do site do colégio.
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Igreja São Gonçalo
A edificação da primeira Capela na Freguesia de D. Pedro II deveu-se aos esforços do Dr. José Carlos Pereira, terceiro Juiz do Foro de Minas de Cuiabá, depois ouvidor da Vila do Bom Jesus de Cuiabá, cargo este ocupado em substituição a Luiz de Azevedo Sampaio. Ao assumir o cargo de ouvidor-Geral, fez uma visita de inspeção à Freguesia, onde se constatou a situação da capela em estado de abandono.
Iniciou a construção da Igreja em 1782 e, ali celebrou-se a missa inaugural na manhã de 15/11/1782. Durante a Guerra do Paraguai para lá foram transferidas imagens dos fortes de Coimbra e Corumbá. Ao longo dos anos, o templo passou por diversas reformas até chegar a composição arquitetônica que começa a ser definida em 1894 com a chegada da Missão Salesiana em Mato Grosso, dando-lhe o estilo colonial - neoclássico. Em 1916 foi incorporado seu ultimo adereço a imagem do Cristo Redentor.
A igreja foi tombada em 1987 pela portaria nº 74/87 D.O. 04/11/87.
Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho
A Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho é uma igreja com características neogóticas, localizada no município brasileirode Cuiabá, estado de Mato Grosso. A igreja, dedicada a Nossa Senhora do Bom Despacho, está localizada no alto do Morro do Seminário, ao lado do Seminário da Conceição.
Uma igreja dedicada à Nossa Senhora foi uma das primeiras a serem levantadas em Cuiabá, neste mesmo local, ainda no século XVIII. A construção atual, entretanto, data de 1918, iniciada durante a presidência estadual de Dom Francisco de Aquino Correia, que também era arcebispo de Cuiabá na época. Tombada estadualmente em 1977, passou por processo de reforma recentemente, tendo sido reaberta em 2004.
Foi a segunda igreja construida na cidade de Cuiaba. Demolida em 1918 a antiga Capela que existia no local, sob a mesma invocação, foi, a 8 de setembro do mesmo anomesmomesmo ano. Mesmo ano, lançada a pedra fundamental do suntuoso templo, de idealização do Frei Ambrosio Daydêe e D. Carlos Luiz d’Amour.
É uma construção de estilo gotico. Obedece a sua edificação à direção da linha do norte. Bem no adro fronteiro, está a imagem de Nossa Senhora da Conceição, ali colocada em substituição ao velho cruzeiro que havia no local, homenagem da Arquidiocese de Cuiaba ao celebrar-se a assunção e o primeiro centenario do dogma da Imaculada Conceição em 8 de dezembro de 1954 e recordação do inolvidavel Arcebispo D. Francisco de Aquino Correa ao ventuoso casarão em que residiu durante o seu longo episcopado.
A Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, tombada estadualmente em 1977, passou por reformas recentemente, tendo sido reaberta em 2004. Está localizada no alto do Morro do Seminário, ao lado do Seminario da Conceição.
Cúria Metropolitana de Cuiabá
Museu de Arte Sacra de Mato Grosso
Foi no ano de 1858 que o primeiro bispo de Cuiabá, Dom José Antônio dos Reis (1832-1876), deu início à construção do Seminário da Conceição, no morro do Bom Despacho. Mas a conclusão da obra ocorreu em 1882 pelo seu sucessor, o segundo Bispo e primeiro Arcebispo de Cuiabá, Dom Carlos Luiz D´Armour (1878-1921). Concebido para formação de seminaristas, trabalho que ali foi desenvolvido até 1888, já entre 1890 e 1893 foi administrado pelos Lazaristas e entre 1904 e 1925, esteve sob administração dos Franciscanos da Ordem Terceira Regular.
Vê-se que o uso do prédio mudou conforme as necessidades a que se via obrigado pelo contexto histórico. Durante a epidemia da varíola (Guerra do Paraguai-1867), foi enfermaria; na crise política de 1906, abrigou uma espécie de Quartel General da situação. Em 1922, o segundo Arcebispo, Dom Aquino Corrêa implantou no prédio a residência episcopal, onde residiu até falecer em 22 de março de 1956. Nesse período, ali funcionou também o Instituto Histórico e Centro de Letras da Província.
Dom Orlando Chaves (1956-1982) sucedeu a Dom Aquino e transformou uma parte em dormitório e outra em salas de aula do departamento de Ação Social Arquidiocesana. A partir de 1958, no piso inferior, passou a funcionar a Rádio Difusora Bom Jesus de Cuiabá.
Construção tipicamente colonial, o visitante terá a oportunidade de ver pelo interior do prédio as paredes com até um metro de largura, construídas com técnicas da época: taipa de pilão (barro socado), adobe (tijolões de barro, secos ao sol) e também o uso de pedras canga. O pé-direito chega a sete metros de altura, compondo dois pavimentos.
O acervo foi catalogado e higienizado antes de ser exposto à visitação. E entre 2006 e 2007 foi restaurada as peças que faltavam dos altares em estilo Barroco e Neoclássico.
A visitação pode ser feita às segundas-feiras, das 14:00 às 18:00h.
Terças às sextas-feiras, das 08:00 às 18:00 e aos sábados, das 08:00 às 13:00.
Rádio D.Bom Jesus de Cuiabá |
Por Coord.Site Alexandre
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Conheça um pouco de história da rádio Difusora Bom Jesus de Cuiabá que hoje é transmitida também através de nosso site.HístóricoA Rádio Difusora Bom Jesus de Cuiabá, está localizada em Mato Grosso, foi ao ar oficialmente no dia 23 de agosto de 1959.
Emissora católica pertencente à fundação Bom Jesus de Cuiabá, fundada por Dom Orlando Chaves (in memorian), Bispo diocesano na época.
FreqüênciaAM com potência e dez mil watts, opera na freqüência de 630 kHz, prefixo ZYI, 384.
Desde 1992, a convite de Dom Bonifácio Piccinini, hoje Arcebispo Emérito de Cuiabá, a Associação Pública de Fiéis Canção Nova , com sede em Cachoeira Paulista- SP passou a administrar e dirigir a programação da Rádio Difusora. É filiada a ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), o que nos ajuda a estar sempre informado com outras emissoras. ProgramaçãoCom uma programação 24 horas no ar, a Rádio Difusora é mantida pelos ouvintes do Clube do Ouvinte Canção Nova. A emissora está há alguns anos ocupando os primeiros lugares de audiência entres as emissoras AM da Capital mato-grossense. Conheça a Rádio Difusora de CuiabáA Rádio difusora está situada no prédio do antigo Seminário da Arquidiocese ao lado da Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho, tombados pelo Patrimônio histórico Nacional A Rádio tem sido responsável pela evangelização de muitas pessoas chegando a diversas regiões do Mato Grosso onde um pároco muitas vezes não pode chegar.
E pela iniciativa de nosso Arcebispo Metropolitano de Cuiabá, Dom Milton Santos, a rádio Difusora é transmitida ao vivo pela internet, através de nossos site, para o Brasil e para o Mundo.
Praça do Seminário, 239 - Centro Cep. 78015-140 - Cuiabá - MT Fone: (0xx 65) 3617-7917 ou 3617-7900 .
1 - Meu dia com Nossa Senhora - segunda à sabado das 05h00 - 06h00.
2 - Clube do Ouvinte - Segunda a sexta-feira das 08h00 - 10h00 3 - Difusora e você - Segunda das 12h30 - 14h00 e terça, quarta e sexta-feira das 12h30 - 13h30
4 - Tarde Especial - terça, quarta e sexta-feira das 13h30 as 15h00
5 - Nas pegadas de Jesus - Sabado de 07h00 às 08h00
6 - Momento Novo - Domingo de 07h00 às 08h00 7 - Renovação em Ação - Domingo de 08h00 às 09h00
8 - A voz do Pastor - Com Dom Bonifácio - Sábado de 18h00 às 18h30.
De segunda a sexta: Santa Missa às 16h00
De segunda a sexta: Oração do terço da Misericordia às 15h00
Domingo: Santa Missa na Catedral com presidência de Dom Milton Santos às 09h00.
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Parque Municipal Morro da Luz - Antonio Pires de Campos
Endereço: Avenida Tenente Cel. Duarte.
Parque Antônio Pires de Campos, homenageando o filho do Bandeirante Manoel de Campos Bicudo, é nome oficial do morro que é uma imensa área verde localizada no centro da capital. Foi tombado como patrimônio histórico municipal pelo Decreto de Lei nº 870 de 13.12.1983.
Em 1722, contam os historiadores, que o bandeirante Miguel Sutil, guiado por um índio, tornou-se o primeiro homem branco a chegar ao topo, na época, o monte ficou conhecido como “Lavras do Sutil”, devido ao grande número de pepitas de ouro existente no lugar. Um dos primeiros desbravadores a atingir o local, e devido à existência naquela área elevada de uma pequena casinha, a subestação da usina casca I, que fazia distribuição da energia, e inaugurada em 1928, também ficou conhecida como Morro da Luz.
Primeiro Parque Urbano do Centro-Oeste Brasileiro, inaugurado em 22 de Maio de 1925, pelo então prefeito Cel. José Antônio Albuquerque, como ato inaugural da tão esperada escadaria que ligaria e facilitaria a movimentação da população da rua debaixo a Colina do Seminário.
A colina só ganhou a denominação de Morro da Luz na década de 40, quando foi instalada no local a empresa de Força, Luz e Água (Efla). Hoje, o Morro da Luz conta com pequenas trilhas e praças e escadaria com 115 degraus que ligam a avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) ao lado mais elevado da colina, na rua Manoel Santos Coimbra. Desaconselhável caminhadas pelo local, pois é área de risco, sem policiamento.
Igreja de Nossa Senhora do Rosario e São Benedito
A Igreja de Nossa Senhora do Rosario e São Benedito é um dos marcos de fundação da cidade de Cuiabá, tendo sido construída em arquitetura de terra em torno de 1730, próximo às águas do córrego da Prainha, em cujas águas Miguel Sutil descobriu as minas de ouro que impulsionariam a colonização da região.
Sua fachada, de grande simplicidade, é típica da arquitetura colonial brasileira e esconde a decoração borroca-rococó nos altares do interior, com rica talha dourada e prateada, única com esses detalhes no país.
Construída inicialmente com a técnica da taipa de pilão, passou por várias reformas, incluindo uma que transformou sua fachada em neogotica, entre as decadas de 1920 e 1980, quando foi reformada e a arquitetura colonial resgatada.
Tombada em 1975 pelo IPHAN, em 1987 pela Fundação Cultural de Mato Grosso e incluída no perímetro tombado do Centro Historico de Cuiaba em 1993, é palco da Festa de São Benedito, mais longa festa religiosa do estado.
No pé da colina onde hoje está a igreja de Nossa Senhora do Rosário, à margem esquerda do corrego da Prainha, estava localizada a maior mina de ouro da região. Foi esta mina a origem da povoação de Cuiabá, que se deu à margem direita do córrego, em torno das jazidas.
Este local é mencionado em 1722 por Jose Barbosa de Sá, ao relatar a descoberta do ouro por indios que, a mando de Miguel Sutil, buscavam mel, no lugar chamado "tanque do Arnesto", onde foi construída a capela de Nossa Senhora do Rosário. Ainda em 1722, Barbosa de Sá comenta sobre " huma capellinha a San Benedito junto ao lugar chamado despois rua do cebo, que dahy a poucos annos cahio e não se levantou mais ", erguida pelos negros. Não se sabe qual seria a localização da "rua do cebo". Depois, a capela teria sido reerguida anexada à igreja de Nossa Senhora do Rosário, como aconteceu em várias regiões da America Portuguesa.
Essa seria a primeira menção conhecida sobre a atual igreja de Nossa Senhora do Rosário. Não se sabe ao certo a data da construção da igreja atual, mas estima-se ter sido por volta de 1730.
Pelas leituras arqueologicas feitas na ultima restauração foram descobertos vestígios de uma capela, da qual restou uma parede de quatro metros de largura por três metros e meio de altura, entre o pulpito e o altar lateral oeste. Sobre essa parede há uma descontinuidade do material: taipa de pilão abaixo da linha de ruptura, e tijolos de adobe, acima. A partir dessa parede foi construída a nave principal da atual igreja do Rosário, a leste dela. Posteriormente a igreja foi ampliada, em direção ao coro, ao sul, e ao norte, até o retábulo da capela-mor. Nessa mesma ampliação foi construída a ala lateral oeste.
Ainda no seculo XVIII a igreja tomou as configurações atuais, quando foi feita a segunda ampliação. Nessa, o coro e os fundos do altar foram ampliados e a ala lateral leste foi construída. É possível notar as diferenças de acabamento e cor entre os tipos de argila usados na taipa da ala leste.
A Igreja do Rosário foi tombada pela primeira vez em 4 de dezembro de 1975 pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN, atual Instituto do Patrimonio Historico e Artistico Nacional – IPHAN, após o processo de tombamento nº 553-T-57A.
A igreja encontra-se registrada no Livro do Tombo das Belas Artes, sob inscrição número 523, e no Livro do Tombo Histórico, sob inscrição número 457. O tombamento inclui todo o recheio da igreja, como retábulos, alfaias, imaginarias, o mobiliario antigo ainda restante e todo seu acervo.
Em 15 de outubro de 1987, a Fundação Cultural de Mato Grosso tombou a igreja do Rosário através da portaria nº 76/87 referente ao Processo de Tombamento de Bens nº 03/87. Nesse tombamento, foram incluídos os imóveis vizinhos como área de entorno.
Por fim, a igreja e seu entorno foram incluídos no tombamento do Centro Historico de Cuiaba, tombado em 24 de março de 1993, após o processo nº 1180-T-85.
Museu da Imagem e do Som de Cuiaba
Inaugurado em 2006, o Museu da e do Som de Cuiabá Lázaro Papazian - (MISC), abriga em seu acervo documentos fotográficos e sonoros que retratam a cidade em seu cotidiano desde 1910 até os dias atuais.
As imagens foram capturadas pelos fotógrafos Eurípedes Andreato – aproximadamente 8.000 fotos, e Lázaro Papazian – mais de 25.000 fotos. Além disso, o museu dispõe de grande quantidade de discos em vinil, fitas de vídeo VHF e fitas cassete, acervo que permite conhecer a Cuiabá de todos os tempos.
Localizado no centro histórico da capital, o museu ocupa uma das construções mais significativas da cidade, o sobrado do Alferes Joaquim Moura, na rua Voluntários da Pátria, nº 75, esquina com a rua 7 de Setembro. O espaço funciona das 14 às 18h, e é gerenciado pela Secretaria de Cultura, realizando cursos de fotografia, oficinas diversas, mostras e exposições dentre outras atividades.
Igreja da Boa Morte
A bicentenária Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte, situada hoje na Praça Dr. Antonio Correa, é relíquia veneranda das tradições cuiabana. Pertencia, segundo Joaquim Ferreira Murtinho (1869) a uma irmandade composta de homens de cor que não se admitia, em seu grêmio, homens brancos ou negros.
Possuia em 1864, três a óleo, com frisos dourados. Ali estava colocado num rico esquife a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte, dentro de belo nicho, em uma abertura por baixo do trono.
De arquitetura simples, a Igreja da Boa Morte destacava-se no cenário da cidade com sua única torre encimada com a figura representativa de um Galo, um único telhado em duas águas e sua composição arquitetônica barroca com fachada neoclássica, realçando-se bela pela sua posição no alto do platô que tem o seu nome
A Igreja da Boa Morte carrega na sua historia grandes tradições e manifestações de fé cristã, católica, como a festa de Nossa Senhora da Glória (agosto), e de Santo Antônio (junho), bem como a distribuição de alimentos aos pobres de Santo Antônio, toda primeira terça-feira do mês.
Foi tombada pela portaria nº 75/87 D.O. 04/11/1987
Catedral Basilica do Senhor Bom Jesus do Cuiaba
Em 1722 em frente a dois córregos – ponto alto da cidade – a Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá foi construída. Inicialmente levantada de pau-a-pique, a Catedral deu início ao processo de urbanização. Naquela época, para se fundar uma vila era essencial uma igreja e ela não podia ser construída em qualquer lugar.
A partir daí a Catedral passou por várias transformações. Ao passo que a Vila crescia, os representantes dos poderes acharam que a igreja também deveria modificar-se para se igualar a sociedade. Ela passou por reformas, reconstruções, ganhou uma segunda torre, deixou de ser Matriz para passar a ser Catedral. Mas a maior transformação foi em 14 de agosto de 1968, quando a igreja foi destruída por duas descargas de dinamite.
Daí se construiu a Catedral de hoje. Localizada em frente à Praça da República – centro de Cuiabá – com pinturas modernas, duas torres com um relógio em cada, a igreja Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá continua sendo um dos lugares mais visitados da capital. Além de conhecer as novas estruturas os visitantes podem ver imagens do século XVIII como a imagem do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, que é dedicado ao nosso Padroeiro, a imagem da Imaculada Conceição e o crucifixo da cátedra do bispo.
O térreo da igreja, onde são realizadas as missas, tem capacidade para 800 pessoas sentadas. No primeiro andar funciona a lavanderia, no segundo as salas de reuniões, no terceiro e quarto andar funcionam a casa paroquial.
Atualmente a Basílica é administrada por dois padres residentes na própria igreja. Eles têm como função realizar duas missas por dia e três aos domingos. O padre Antônio Edseu da Silva (Cura) é responsável pelas questões Jurídicas. Já o padre Kleberson Paes e Silva (Vigário) auxilia em todas as outras obras.
A igreja é composta por três altares. Do lado direito fica a capela do Bom Jesus Padroeiro. No centro, o altar principal da Igreja, onde são celebradas todas as missas comunitárias e também a Cátedra, reservada ao Bispo. Já do lado esquerdo fica o altar do sacrário do Santíssimo
Cripta.
A cripta fica no subsolo da igreja, na posição da torre da igreja onde se encontra o relógio e os sinos e nela estão enterrados nomes ilustres da Arquidiocese da História de Mato Grosso. É o cemitério das autoridades da igreja católica de Mato Grosso. O local tem acesso livre. Os interessados em visitar a cripta deve informar a secretaria da igreja e nos dias de missa será aberto para visitação.
Saiba quem está enterrado na cripta:
Dom Carlos Luiz D'Amaur. Ele foi Bispo e Arcebispo. Nasceu na cidade de São Luiz do Maranhão e morreu em Cuiabá no dia 9-7-1921.
Também esta enterrado na cripta o Dom José Antônio dos Reis. Bispo que fundou o Seminário da Conceição em 1858. Ele morreu no dia 2-10-1976, nascido em São Paulo.
Dom Luiz de Castro Pereira, primeiro prelado de Mato Grosso morreu em 1-8-1822.
O fundador de Cuiabá também está enterrado na cripta, pascoal Moreira Cabral leme. Morreu em 10-11-1724.
Miguel Sutil de Oliveira – Fundador do Arraial do Bom Jesus de Cuiabá em outubro de 1722. Ele faleceu em Sorocaba em 18-8-1755 e foi transladado para a Basílica em 1975.
Dom Francisco de Aquino Corrêa foi o único arcebispo Cuiabano. Ele foi o fundador da academia Mato-grossense de Letras, fundador do Instituto Histórico e geográfico, presidente do Estado de Mato Grosso. Foi eleito o bispo mais novo do mundo. Morreu em 22-3-1956.
Dom Orlando Chaves, o arcebispo construtor da catedral. Ele foi o responsável pela transformação que a igreja passou.
O Frei José Maria de Macerata, ele era administrador apostólico da diocese de Cuiabá de 1826 – a 1831
Cine Teatro Cuiaba
Inaugurado em 1942, o Cine Teatro Cuiabá faz parte da cultura e história cuiabanas. Em 64 anos de existência, o prédio estava fechado há nove anos. São muitas as histórias relacionadas ao cinema, idealizado na década de 30 para atender à população cuiabana, que clamava por um lugar onde fossem realizadas manifestações artísticas e a exibição de filmes. A solução encontrada pelo então interventor do Estado, Julio Muller, foi a construção do Cine Teatro Cuiabá.
A história do cinema, no entanto, começou muito antes, no começo do século 20. Foi naquela época que Cuiabá aprendeu a apreciar filmes, com o Cinema Parisien. O primeiro cinema do Estado funcionava no mesmo prédio do antigo teatro "Amor à Arte", único da cidade à época e onde atualmente funciona a Secretaria de Estado de Cultura.
Com a desativação do cinema, em 1939, Cuiabá ficou sem um espaço para a realização de shows, peças de teatro e exibição de filmes. Nasceu assim o Cine Teatro Cuiabá. Sua inauguração foi um grande evento. Em maio de 1942, era grande a excitação da população cuiabana com a inauguração do cinema, super moderno e luxuoso para os padrões da época.
Com a desativação do cinema, em 1939, Cuiabá ficou sem um espaço para a realização de shows, peças de teatro e exibição de filmes. Nasceu assim o Cine Teatro Cuiabá. Sua inauguração foi um grande evento. Em maio de 1942, era grande a excitação da população cuiabana com a inauguração do cinema, super moderno e luxuoso para os padrões da época.
O nome do primeiro filme que seria exibido pelo Cine Teatro foi mistério durante meses em Cuiabá. Os jornais faziam investigações e especulações sobre o assunto. Até apostas foram feitas. Após a elucidação do mistério, o jornal "O Estado de Mato Grosso" publicou na capa: "Desvendada a incógnita", revelando o nome do primeiro filme do cinema.
No dia 24 de maio de 1942 o Cine Teatro foi inaugurado com a exibição do romance "A Noiva Caiu do Céu", super produção da Warner Bros, com a atriz Bette Davis, conhecidíssima nas décadas de 40 e 50 e protagonista dos filmes "A Madrasta" e "Morte Sobre o Nilo".
Também foi motivo de orgulho o filme ser lançado em Cuiabá antes de ser exibido nas outras cidades brasileiras. O arrendatário do cinema foi ao Rio de Janeiro para se certificar de que a exibição de lançamento seria um filme inédito em âmbito nacional. Os jornais da época publicaram que "a Warner Bros distinguiu o público cuiabano com especial deferência" e concluiu que "o povo desta terra saberá por certo corresponder aos esforços da novel empresa".
"O cinema era lindo, com cortinas de veludo vermelho", conta o professor aposentado Aníbal Alencastro. "Ir ao cinema virou um programa elegante, sofisticado". O cinema também foi palco de muitas histórias de vida. Muitas histórias de casais nasceram no Cine Teatro. "Conheci minha esposa lá (Cine Teatro). Era lá que namorávamos todos os domingos. Aliás, o Cine Teatro era o programa de quase todos os casais daquela época", relembra Alencastro.
Alencastro escreveu um livro sobre os antigos cinemas cuiabanos. "Anos Dourados dos Nossos Cinemas" conta a história dos primeiros cinemas do Estado. O Cine Teatro foi o que mais caracterizou essa época áurea do cinema em Mato Grosso. Por sua importância cultural e histórica, ele foi tombado como Patrimônio Público do Estadual em 1984.
Localizado na avenida Getúlio Vargas, o cinema foi durante décadas a principal opção de lazer da sociedade cuiabana. No prédio funcionavam um salão de chá, além do cinema e teatro que inspiraram o nome do prédio. Com a restauração do Cine Teatro, o Governo do Estado objetiva devolver ao espaço sua função de sede de apresentações de teatro, dança, orquestras e corais. O ocal também será a sede da Orquestra do Estado, onde serão realizados ensaios e apresentações.
Na década de 50, era comum o Cine Teatro receber artistas de renome nacional, como a cantora Angela Maria, e internacional, como o grupo Los Panchos. A partir da década de 60 o cinema começou a perder o glamour dos primeiros anos. O surgimento de outros cinemas causou um gradativo esquecimento do Cine Teatro, que culminou no seu fechamento, em 1997.
Com o programa de restauração de prédios do patrimônio público de Mato Grosso, o Cine Teatro entra numa nova fase. Foram restauradas a estrutura, fachada, acabamento, móveis e equipamentos de projeção do cinema para poder sediar diversas manifestações artísticas.
O Cine Teatro abriga salas de exibição cinematográfica, espaços para exposição de artes e oficinas culturais,são várias opções de programações num só lugar, com 533 poltronas, sala de vídeo, camarins, salão de chá, parede de gesso com tratamento acústico, sala de projeções, entre outros.
"O Cine Teatro foi um marco cultural em mato Grosso", conta o cinéfilo e crítico de cinema Juarez Compertino, "foi ali que ganhei toda a base artística para minha formação". Esses são alguns dos motivos que fazem do Cine Teatro Cuiabá muito mais do que um cinema. O Cine Teatro é cultura.
Tombado em 1984 pela portaria 31/84, o espaço foi arrendado várias vezes, estando fechado desde 1996.
A recuperação se deu no Governo Blairo Maggi, que a partir de 2003 começou as obras de restauração. As obras conseguiram manter as características originais da construção e ainda introduziu melhorias para receber o público cadeirante com elevadores de acesso e banheiros adaptados. Para o público em geral são 516 poltronas.
O Cine Teatro foi reaberto em 21 de maio de 2009, servindo como um centro cultural com espaço especial para apresentações cênicas, músicas e de audiovisual.
O prédio do teatro se localiza à Av. Getulio Vargas, nº 247, bairro Centro, Cuiaba.
Arsenal de Guerra
Criado, antes, com o nome Real Trem de Guerra, por Carta Régia de D. João VI em 1818, destinado a um estabelecimento militar para o conserto e fábrica de armas. Teve iniciada a construção em 1819, durante o governo do 9º e último Capitão General de Mato Grosso, Francisco de Paula Magessi Tavares de Carvalho, vindo a concluir-se em 1832, quando foi inaugurado. Em 15/11/1831 por determinação da lei foi criado o Arsenal de Guerra da Província de Mato Grosso. O edifício foi posteriormente ampliado e adaptado para funcionamento do Arsenal de Guerra e os varandões dos flancos foram construídos em 1848. Técnicas construtivas e materiais da região para erguer um edifício neoclássico, nos moldes franco-lusitanos que caracterizavam, em maioria, as construções oficiais do Rio de Janeiro. Os ambientes internos são protegidos por um avarandado ininterrupto. As insígnias da casa militar estão nos frisos em relevos simétricos, destacados das superfícies lisas para atender à sobriedade que qualifica o estilo, observado na composição da fachada principal. As cores ocre para as áreas planas e branco para os relevos acentuam a composição e tornam ainda mais expressiva a linearidade clássica. As sucessivas reformas e ampliações modificaram aspectos interiores, mas evitaram alterações estruturais da fisionomia original do bem.
Atualmente em bom estado de conservação, encontra-se tombado pela Portaria nº 63/83, publicada em Diário Oficial em 9 de janeiro de 1984, constituindo o Espaço Cultural SESC na cidade.
Casa do Artesão
Quatro dias após ter assumido o governo do Estado de Mato Grosso, o Cel. Pedro Celestino da Costa, assinou importante resolução de Nº 508 de 16/10/1908. Criando várias escolas primárias para o interior do Estado e autorizando a organização de dois grupos escolares nos dois distritos de Cuiabá. O Grupo Escolar do 2º Distrito-Porto foi o segundo a ser instalado no Estado, inaugurado a 10/09/1910 com o nome de Grupo Escolar Senador Azeredo, tendo como primeiro Diretor o professor Gustavo Kuhlmann. A linha construtiva do edifício é muito simples, seguindo o padrão típico das obras públicas executados em Mato Grosso, no início do século XX. A Fachada principal apresenta um frontão enriquecido por balaústres e adornos metálicos, com uma porta única e central. O espaço arquitetônico interior é bem definido, podendo-se distinguir o núcleo da construção de onde se faz o acesso para as duas alas da escola, inclusive ao pátio interno. O prédio ainda conserva todas as suas características originais de construção. Funcionou como estabelecimento de ensino desde a sua inauguração até o ano de 1975 quando, por iniciativa da Sra. Maria Lígia Garcia, então 1ª Dama do Estado, em 15 de maio passou a abrigar a Casa do Artesão. Em 15/11/1983 foi tombado pela Fundação Cultural de Mato Grosso, passando a fazer parte do Patrimônio Histórico e Artístico Estadual.
As antigas salas de aula hoje apresentam os diversos segmentos de artesanato destacando o artesanato em madeira com lindas peças esculpidas, marchetadas, trabalho com cipós e com fibra de tucumã entre outros. A sala de tecelagem apresenta trabalhos como as redes mato-grossenses, xales, caminhos de mesa e tapetes. Outras salas trazem dignas mostras do melhor trabalho indígena e biojóias, com a rica gama das sementes da região. As encantadoras cerâmicas, juntamente com os deliciosos doces e compotas feitos pelas doceiras regionais também são presença forte no SESC Casa do Artesão.
Para o mais interessados em visitar a riqueza histórica de Cuiabá, o site da Câmara Municipal de Cuiabá disponibiliza os pontos principais:
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