segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Saiba Mais Sobre a L.E.R.

A LER e os trabalhadores no comércio

Esse tipo de doença do trabalho tem afetado com freqüência cada vez maior os trabalhadores no comércio e serviços. A extensa jornada de trabalho é uma das causas, já que com o quadro reduzido os patrões impõem uma sobrecarga de trabalho aos funcionários. Esse empregado, muitas vezes, opera microcomputador, carrega e embala mercadorias, repõe estoques, entre outros.
O setor de supermercados é o que apresenta maior incidência de LER-Dort. Na maioria dos casos os comerciários não procuram o médico em função da jornada de trabalho extensa e também porque têm medo de serem demitidos ou afastados do local de trabalho. A situação é preocupante já que a sub-notificação de acidentes de trabalho, principalmente doenças profissionais, é muito alta por falta de informação dos trabalhadores.


O que é LER?
É uma afecção que pode acometer tendões, sinovias, músculos, nervos, fáscias, ligamento, isolada ou associadamente, com ou sem degenerações dos tecidos, atingindo principalmente os membros superiores, região escapular e pescoço, de origem ocupacional, decorrente de forma combinada ou não de:
1.uso repetido de grupos musculares;
2.uso forçado de grupos musculares e;
3.manutenção de postura inadequada (posturas anti-ergonômicas).
Há também fatores adicionais que contribuem também para o aparecimento de LER como: frio excessivo e estresse emocional. Digitadores são casos clássicos de trabalhadores que desenvolvem LER.
Os estágios evolutivos da Lesão por Esforço Repetitivo passam pela sensação de desconforto no membro afetado, dor aguda durante a execução do trabalho, podendo chegar até quadros de invalidez e incapacidade laborativa completa, tendo como fases intermediárias: dores progressivas; aparecimento de edema; hipertrofia muscular; distúrbios de sensibilidade; neuropatias por fenômenos fibro-estenosantes.
A lesão por esforço repetitivo (LER), ou lesão por trauma cumulativo (LTC), é admitida como uma doença profissional, porém ainda pouco conhecida dos médicos em geral e até mesmo de especialistas das áreas afins à doença,como neurologistas, ortopedistas, reumatologistas, principalmente nos seus aspectos legais.
O diagnóstico da LER baseia-se na história clínico-laborativa, no exame físico detalhado e nos exames complementares, quando justificado e na análise do trabalho responsável pelo aparecimento da lesão. A LER pode apresentar-se de diversas formas clínicas: cistos sinoviais; epicondilites; bursites; tendinites; fascites; síndromes compressivas; cervicobraquealgias.
Está síndrome é relatada desde 1700 quando Ramazzini - o pai da medicina do trabalho - a descreve como "doença dos escribas e notórios". Mais tarde aparece como "doença das tecelãs" (1920) ou "doença das lavadeiras" (1965). O problema se amplia a partir de 1980, quando a doença - que atinge várias profissões que envolvem movimentos repetitivos ou grande imobilização postural - torna-se um fenômeno mundial, devido a grande evolução do trabalho humano e o aumento do ritmo na vida diária.
Hoje, a síndrome que é mais associada ao trabalho informatizado, já representa quase 70% do conjunto das doenças profissionais registradas no Brasil. A prevenção foi e continua sendo a melhor forma de combate a este tipo de patologia. A adoção de posturas e ritmos de trabalho mais adequados (com a adoção de pausas ao longo da jornada de trabalho) são fundamentais. Quando existe uma suspeita de lesão, o acompanhamento de um profissional torna-se primordial para a correta avaliação e tratamento do funcionário.

Alguns dos principais tipos de lesões por esforços repetitivos são:
·         Síndrome do Túnel do Carpo
·         Epicondilite Lateral
·         Doença de Quervain
Síndrome do Túnel do Carpo
O QUE É?
Essa doença é uma forma bastante comum de LER, provocada pela compressão do nervo Mediano, que vem do braço e passa pelo punho, numa região chamada túnel do carpo. Esse nervo é o responsável pela movimentação do dedo polegar, além de promover a sensação nos dedos polegar, indicador e médio na parte da palma das mãos. Devido ao uso excessivo dos dedos e punhos, começa a haver uma inflamação e inchaço das estruturas que passam pelo túnel do carpo, resultando na compressão do nervo mediano. Como resultado, esse nervo passa a ficar mais "fraco", provocando a sensação de formigamento e amortecimento dos dedos das mãos, principalmente dos dedos polegar, indicador e médio. Às vezes, pode dar até a sensação de "choque" sentida nos dedos e indo em direção ao braço. Em geral, os sintomas pioram com o decorrer do dia, principalmente após um dia de trabalho. Alguns pacientes acordam no meio da noite com as mãos amortecidas. Essa doença é comum em mulheres de 30 a 50 anos, e acomete 3 vezes mais o sexo feminino do que o masculino. Normalmente, os sintomas estão presentes nas duas mãos, mas são notados primeiramente na mão dominante.
DIAGNÓSTICO
Para se fazer o diagnóstico da doença é preciso colher os dados de dor nas mãos, a perda de sensibilidade nos dedos, ou formigamento ou mesmo adormecimento dos mesmos. Também é comum o paciente se queixar que não consegue segurar bem as coisas, principalmente fazer o movimento de pinçar. A relação com a profissão tem importância fundamental no diagnóstico. Ao exame físico, um exame de grande importância é a manobra de Phalen, em que se pede para o paciente colocar as mãos em flexão, ou seja, com os dedos voltados para baixo, e unir dorso contra dorso das mãos, durante um minuto. Os cotovelos devem ficar num ângulo de 90 graus e na mesma altura dos punhos. A presença de dor ou sintomas de formigamento ou adormecimento aponta fortemente para o diagnóstico de Síndrome do túnel do carpo. Outro teste é o chamado teste de Tinnel que consiste da compressão do nervo mediano no trajeto dele pelo túnel do carpo. A presença de dor indica a presença da síndrome do túnel do carpo. Caso seja necessário, poderá ser feito um teste para medir a condução do nervo mediano, para ver se está normal ou não. Os exames de raio-X das mãos são importantes para afastar as outras causas de dor nas mãos, como artrites, tumores ou fraturas ósseas.
TRATAMENTO
O tratamento se baseia no uso de antinflamatórios, como o ibuprofeno, para aliviar a dor bem como a inflamação das estruturas envolvidas. Também o uso de munhequeiras ajuda a manter a articulação dos punhos fixa, aliviando assim a dor. O repouso é uma das melhores formas de tratamento e muitas vezes o paciente deve ficar alguns dias sem trabalhar as articulações para haver a diminuição completa da inflamação. Também pode ser administrada a vitamina B6 para melhorar as condições do nervo. Em casos mais severos, poderão ser utilizados corticóides injetados diretamente nas articulações afetadas. Nos casos em que há grande comprometimento do nervo mediano está indicada a cirurgia para a descompressão do mesmo. Essa cirurgia leva a uma melhora dos sintomas em 95% dos casos.
PREVENÇÃO
A medida mais importante é evitar usar as articulações durante muito tempo. Dê umas paradas no serviço para relaxar a musculatura das mãos e dedos. Outro fator importante é a posição em que você está trabalhando. Para aqueles que usam computadores ou máquinas de escrever, é muito importante a posição em que você está sentado. Os pés devem ficar paralelos ao chão, as pernas devem ficar flexionadas no joelho, sendo que a coxa forme um ângulo de 90 graus com as costas. A cadeira deve ser bem confortável e as costas devem estar apoiadas no encosto. Os braços devem ficar na mesma altura do teclado, sendo que as mãos ficam também no mesmo nível, não forçando assim os punhos. Coloque a tela do computador de modo que você fique a uma distância de 40 a 60 centímetros dela e sua visão direta forme um ângulo de 15 a 30 graus com a mesma.
Tendinites dos Extensores dos Dedos
O QUE É?
Tendões são estruturas que se parecem com cordões extremamente fortes, responsáveis pela fixação dos músculos nos ossos. Toda vez que o músculo se contrai, os tendões se esticam, dando-se assim o movimento desejado. O termo tendinite significa uma inflamação dessas estruturas, em geral causada por excessivo uso daquela articulação envolvida. A tendinite pode ocorrer em qualquer articulação, mas é mais comum nos punhos, nos joelhos, ombros e cotovelos. Devido à inflamação, a pessoa irá apresentar dor quando movimentar as articulações em questão. No caso das mãos, possuimos um grupo de músculos que estendem os dedos e as mãos, e os respectivos tendões passam pela parte dorsal das mãos. Da mesma forma que para a síndrome do túnel do carpo, o uso excessivo e repetitivo de certa articulação irá provocar o inchaço das estruturas presentes nas costas das mãos, provocando dor ao movimento dos dedos e punhos.
DIAGNÓSTICO
Pode ser feito através da queixa do paciente que revela dor na parte dorsal da mão, principalmente após o uso excessivo daquelas articulações. O paciente pode se queixar de fraqueza nas mãos bem como sensação de queimação em vez de dor.
TRATAMENTO
O tratamento indicado é o uso de antinflamatórios e repouso da articulação envolvida.
PREVENÇÃO
É preciso tomar cuidado com a posição em que se está sentado, observar a posição dos braços e mãos, principalmente para aqueles que trabalham com computadores e máquinas de escrever. Os punhos devem sempre ficar numa posição confortável, evitando que eles fiquem desalinhados com os braços e o teclado. Da mesma forma, pare o seu trabalho de tempos em tempos para relaxar a musculatura e os tendões.

Tenossinovite dos Flexores dos Dedos
O QUE É?
Os tendões flexores dos dedos estão presentes na parte da palma das mãos. Esses tendões estão recobertos por uma bainha chamada sinovial, que faz com que a contração do músculo fique mais "macia". Quando ocorre a inflamação dessa bainha sinovial, usa-se o termo tenossinovite, no caso dos tendões que fazem a flexão dos dedos. Devido à inflamação da bainha, quando houver contração do músculo para movimentar os dedos, aparecerá o sintoma de dor local, e o movimento das mãos não será bem realizado.
DIAGNÓSTICO
O paciente irá se queixar dor e inflamação na parte interna da mão, principalmente quando fizer o movimento de flexão dos dedos (quando a pessoa fecha as mãos, por exemplo)
TRATAMENTO
Da mesma forma, usa-se antinflamatórios para aliviar a dor e inflamação, bem como é indicado o repouso das articulações envolvidas.

Tenossinovite Estenosante - (Dedo em Gatilho)
O QUE É?
Essa doença envolve os tendões flexores dos dedos das mãos, que passam por túneis dentro dos dedos. Se houver a formação de um nódulo sobre o tendão ou ocorrer um inchaço na bainha que o cobre, ele então se tornará mais largo, ficando comprimido nos túneis por onde ele passa. Conforme a pessoa mexe os dedos, ela irá sentir um estalo ou escutar um barulho na articulação envolvida, principalmente no meio dos dedos.
DIAGNÓSTICO
Pode ser feito através dos sintomas apresentados, bem como a referência de que a pessoa trabalha em serviços que requerem o uso da palma das mãos e o movimento de fechar os dedos, como carimbar e grampear, em movimentos repetitivos e por longos períodos.
TRATAMENTO
O tratamento mais indicado para este problema é o uso de antinflamatórios e repouso das articulações.
PREVENÇÃO
Evitar o uso repetitivo das articulações, se possível usar um grampeador elétrico ou que ele seja acolchoado para evitar que a palma das mãos se force. A mesma coisa é válida para os carimbos. Também podem ser usadas luvas com gel para que amorteçam a batida contra a palma das mãos.

Epicondilite Lateral
O QUE É?
Essa doença é conhecida como tennis elbow (cotovelo de tênis) e é causada pela inflamação das pequenas protuberâncias dos ossos do cotovelos, os chamados epicôndilos. Neste caso, os ossos envolvidos são os epicôndilos laterais, ou seja, da parte de fora do braço. Apesar do nome, poucos tenistas apresentam essa doença, sendo mais comum em pessoas que trabalham levantando peso, donas de casa, pessoas que fazem trabalhos manuais e que trabalham em escritórios. Alguns músculos que promovem a retificação do punho e dos dedos são presos pelos tendões no epicôndilo lateral do cotovelo. Quando houver um uso excessivo dessas estruturas, começará a se desenvolver uma inflamação das mesmas, iniciando os sintomas de dor.
DIAGNÓSTICO
O paciente pode se queixar de dor aguda quando roda o antebraço. Em geral, a pessoa vai notando que a dor vai aumentando gradativamente conforme o uso das articulações, como ao abrir latas, ou ao abrir as fechaduras das portas ou mesmo quando vai parafusar alguma coisa. As outras doenças que causam inflamação e inchaço das juntas, como artrite, etc...devem ser afastadas.
TRATAMENTO
Em geral é feito com o repouso da articulação em questão e com o uso de antinflamatórios. São úteis também os exercícios de alongamento do antebraço e músculos das mãos. Poderá ser usado um suporte para o antebraço, para reduzir a pressão na área afetada. Em casos mais graves, podem ser injetados corticóides no local afetado. Caso não haja melhora, poderá ser indicada cirurgia para alívio dos sintomas.

Doença de Quervain
O QUE É?
Essa doença decorre da inflamação dos tendões que passam pelo punho no lado do polegar. Se houver um uso excessivo dessa articulação, poderá ocorrer a inflamação desses tendões, dificultando o movimento do polegar e do punho, principalmente quando for pegar algum objeto ou rodar o punho. Em geral as pessoas que trabalham em escritório arquivando documentos, ou datilografando ou escrevendo a mão, em que há uso constante do polegar em direção ao dedo mínimo são as mais propensas a apresentar essa doença.
DIAGNÓSTICO
O paciente irá revelar dor na região do polegar e punho, principalmente se estiver relacionada com profissões acima relacionadas. A manobra de Filkestein é em geral positiva, em que se segura a mão do paciente na parte das costas e leva-se o polegar em direção ao dedo mínimo e faz-se a flexão do punho. O paciente irá apresentar dor na região do punho que poderá se irradiar para o braço.
TRATAMENTO
O tratamento para a doença de Quervain consiste no uso de antinflamatórios e repouso da articulação envolvida.
PREVENÇÃO
Procure relaxar as mãos durante o trabalho. Alterne o uso do polegar direito com o esquerdo quando for digitar a barra de espaço do computador ou máquina de escrever. Sempre sente-se confortavelmente, com os punhos sempre no mesmo nível das teclas. Procure usar canetas e lápis que sejam bem confortáveis nas mãos, para não forçar o polegar. Se você trabalha com uma atividade que faça movimentos de pinçamento, use luvas de borracha e alterne as mãos.



Causas da LER

As causas da L.E.R. dependem de fatores relacionados ao meio ambiente, da filosofia organizacional das empresas, do nosso comportamento no local de trabalho, nos afazeres domésticos, por ausência de desenvolvimento muscular e/ou desnutrição, ou mesmo nas situações de estresse vividas no nosso ambiente social ou familiar.
Se nossos músculos permanecerem a maior parte do tempo tensos, eles acabam sobrecarregados e a fadiga muscular aparece. Essa sobrecarga de músculos, tendões e ligamentos que se repete por horas seguidas acaba por determinar a lesão dessas estruturas conhecida como Lesão de Esforço Repetitivo (L.E.R.)

Medidas Preventivas
1- limitação do tempo de trabalho
2- introdução de pausas para descanso e relaxamento
3- correção de posturas corporais desfavoráveis
4- adequação às características do trabalhador de máquinas, mobiliários, equipamentos e ferramentas
5- alteração no processo e organização do trabalho
6- cabe ao empregador adotar essas medidas preventivas e realizar análise ergonômica das condições de trabalho geradora de L.E.R.
7- cabe ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da Empresa [SEESMT] informar ao empregador e à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes [CIPA] a ocorrência dos casos de L.E.R.
8- cabe à CIPA e SEESMT a investigação das causas de L.E.R.. a indicação ao empregador das medidas corretivas e acompanhamento da execução das mesmas 9- cabe ao trabalhador se informar sobre a L.E.R e suas causas, e colaborar na adoção de medidas preventivas.

Dicas

* Respire profundamente e espreguice hora ou outra, se tiver que permanecer muito tempo na sua mesa.
* Busque sempre o apoio necessário para não sobrecarregar sua musculatura.   *Deixe o ambiente no qual você passa a maior parte de seu tempo o mais confortável possível e não se esqueça que conforto e beleza nem sempre se complementam.
* Converse sobre tudo o que sabe sobre a L.E.R. com as pessoas de sua casa, no trabalho ou nas horas de lazer, eles serão auxiliados por você na prevenção da doença, assim como poderão auxiliá-lo na observação de seus hábitos.


Direitos dos Trabalhadores
( Cartilha LER/Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador)

Norma regulamentadora 17 (condições de trabalho):

* Todo trabalhador que desenvolve atividade de entrada eletrônica de dados (como digitador, caixa, etc.) não pode dar mais de 8 mil toques por hora
* O tempo efetivo de entrada de dados não deve exceder cinco horas

* Pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados, garantindo-se que não haja aumento do ritmo ou volume de trabalho em função do intervalo
* É proibido qualquer incentivo à produtividade que não leve em conta seus reflexos sobre a saúde
* Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento, a exigência de produção deve começar em nível inferior aos 8 mil toques e ser ampliada gradativamente
* As empresas devem realizar análise ergonômica do trabalho, detectando e corrigindo as situações inadequadas
* A tela do computador deve ser móvel, possibilitando ângulos corretos de visibilidade e protegendo a visão dos reflexos
* As mesas e cadeiras devem ser ajustáveis

Norma regulamentadora 09 (mapas de risco)::

* Grupo IV
trata dos agentes ergonômicos: trabalho físico pesado, trabalho em turnos ou noturno, monotonia, ritmo excessivo de trabalho
* Grupo V
trata de agentes mecânicos: arranjo físico, máquinas e equipamentos, sinalização transporte de materiais, estado das ferramentas, etc.

Norma regulamentadora 07 (exames médicos):
:

* periódico
Deve ser utilizado anualmente entre os trabalhadores de atividades consideradas insalubres. Nas demais atividades, o exame deve ser anual para os menores de 18 anos e maiores de 45 e a cada dois anos para os demais empregados.
* retorno ao trabalho
O trabalhador que ficar afastado por período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença, acidente (ocupacional ou não) ou parto deve ser submetida, obrigatoriamente, a exame médico no primeiro dia de retorno ao trabalho.
* mudança de função
Deve ser realizado, obrigatoriamente, antes da mudança de função
* demissional
Deve ser realizado 15 dias antes do desligamento definitivo do trabalhador
Obs: Caso haja constatação ou suspeita de doença profissional, ou do trabalho, caberá ao médico, coordenador ou encarregado, solicitar para a empresa a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), indicar o afastamento do trabalho ou a exposição ao risco, encaminhar o trabalhador para a Previdência Social e orientar o empregador sobre a necessidade de medidas de controle de riscos no ambiente de trabalho.

Norma regulamentadora 05 (Cipas)::

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) é composta por representantes do empregador e dos empregados e tem como objetivo relatar as condições de risco existentes no ambiente de trabalho e solicitar medidas para reduzir, eliminar ou neutralizá-los.
Os representantes dos trabalhadores são eleitos em votação secreta e têm mandato de um ano.

Reabilitação:
Ao final do tratamento, se a perícia do INSS entender que o trabalhador não está mais em condições para o exercício das atividades habituais, o encaminhará ao Centro de Reabilitação Profissional.
Após a reabilitação e encontrada nova função que o trabalhador possa exercer, é dada alta médica com o retorno ao trabalho.
Auxílio Acidente:
Se após as lesões decorrentes de acidentes resultarem seqüelas que impliquem em redução da capacidade funcional, o trabalhador receberá como indenização o auxílio-acidente (pago pelo INSS).
O auxílio-acidente é mensal e vitalício e corresponde a 50% do salário de benefício do segurado, sendo pago a partir da data da alta médica.
Estabilidade no emprego:
O trabalhador que , em razão de acidente ou doença do trabalho, ficar afastado do trabalho por mais de 15 dias gozará de estabilidade no emprego por no mínimo 12 meses, contado do encerramento do auxílio-doença acidentário.

Conduta correta dos médicos da empresa e demais profissionais de saúde
1. Determinar a emissão da CAT, mesmo nos casos iniciais.
2. Fornecer para a perícia de acidentes de trabalho do INSS, ou aos órgãos do SUS, os elementos necessários para a caracterização da LER-DORT.
3. Informar aos portadores de LER-DORT a natureza da doença e suas causas ocupacionais.
4. Entregar os resultados dos exames, originais ou cópias, ao portador da doença.
5. Garantir um período de afastamento prolongado para reverter completamente o quadro, evitando alta precoce.
6. Encaminhar o portador de LER-DORT para tratamento especializado.
7. Empenhar-se para que o portador de LER-DORT não retorne ao trabalho nas mesmas condições   que deram origem à doença. Recolocá-lo em atividade compatível com seu estado físico.


ATENÇÃO: É papel da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e do Sesmt (Serviço Especializado de Engenharia de Segurança do Trabalho) da empresa investigar as causas da LER-DORT, indicar ao empregador as medidas corretivas e acompanhar a execução das mesmas. Cabe ainda a função de intervir nos ambientes geradores de LER-DORT e alterar as condições agressivas para os trabalhadores com ações orientadoras e punitivas.




A Fecesc lançou em 2001, em conjunto com o Sec Fpolis, Sec de São José, Sindicato dos Empregados em Edifícios de Fpolis, Seac e Sindvesc, a cartilha da LER-DORT. A partir de agora várias categorias terão acesso à informações como as fases da doença, sintomas, fatores de risco, direitos do trabalhador, prevenção, entre outros. A cartilha inclui ainda um encarte com exercícios preventivos para os trabalhadores.
Para adquirir o material é só entrar em contato com a Fecesc:
fecesc@floripa.com.br

Publicado Originalmente em:
 

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